Caminhoneiros não ficaram satisfeitos com o pacote de medidas anunciadas pelo governo Jair Bolsonaro para ajudar a categoria.


Nos grupos de WhatsApp, o plano foi visto como uma "cortina de fumaça", uma forma de protelar uma possível greve dos motoristas.




Alguns já falam, com exaltação, em nova paralisação em 21 de maio — exatamente um ano depois da greve que paralisou o país — caso a situação não melhore.



Os caminhoneiros afirmam que não estão pedindo dinheiro para o governo, mas sim melhores condições de trabalho.



Nas discussões, eles afirmam que soluções como a linha de crédito para manutenção do caminhão, com taxas menores, já foi testada em outras ocasiões, mas não são colocadas em prática.



Eles citam o cartão-caminhoneiro para compra de combustíveis, que não funciona para todo mundo.

A grande reclamação é que a situação dos caminhoneiros está tão precária que poucos conseguiriam ter acesso ao crédito. Muitos, dizem eles, estão com o nome sujo na praça.


Além disso, pegar crédito agora seria decretar a morte dos motoristas em alguns anos. "Estão dando a corda para gente se enforcar", dizia um deles.



Logo após o anúncio da linha de crédito para profissionais autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, um dos líderes dos caminhoneiros, disse que a medida agradava a categoria e até poderia evitar a greve, mas esperava uma manifestação de Bolsonaro para bater o martelo sobre a questão.



"Inicialmente, claro que o pacote agrada (a categoria). Mas preferimos aguardar o que o presidente vai falar para comunicar oficialmente o posicionamento dos caminhoneiros", diz o líder.